Magazine Risco Zero Nº13
/31 Eng. José Manuel Mendes Delgado × Mestrado em Engenharia Civil e Licenciado em Engenharia de Segurança. × Especialista com Provas Públicas em Segurança e Construção. × Especialista emCoordenação de Segurança pela Ordem dos Engenheiros Técnicos. Figura nº 10 – Inclinómetro, para monitorização, da estabilidade do terreno, na zona confinante com o caneiro. Este sistema detecta des- vios de verticalidade do terreno, no interior dos terrenos, adjacentes ao caneiro. Tratamento de fissuras e fendas, abertura e utilização de argamassas poliméricas e gatos metálicos, na foto da direita. Figura nº 11 – Injecção no terreno, com recurso a calda de cimen- to. Este sistema permite consolidar a parte posterior dos hasteais do caneiro, cujos terrenos foram arrastados ao longo dos tempos, evitando crateras por cedência dos terrenos. Figura nº 12 – Obras concluídas, com substituição das soleiras, tra- tamento de fendas e fissuras e consolidação dos terrenos, exteriores ao caneiro. Figura nº 13 – Aspecto de um dique, após a ocorrência de uma chuvada intensa. A limpeza com recurso a ganchos, após secagem. O sistema de alarme de cheias permitiu a evacuação em condições de segurança. Assim, os trabalhos de reabilitação e consolidação do Caneiro de Alcântara foram executados de acordo com o previsto ini- cialmente, em termos de segurança, qualidade, de prazos de custos e ambiente, resultado do esforço entre todos os inter- venientes e de um planeamento e organização optimizados. A chave do sucesso implica “planear e organizar”, antes do início da empreitada e saber fazer, cuja premissa deve ser con- jugada com um sistema de gestão de segurança eficaz e com- patível com os trabalhos a desenvolver. Uma matriz, onde a produtividade e a segurança, surgem como uma alavanca para o “sucesso”, onde a produtividade não afecta a segurança e onde a segurança não afecta a pro- dutividade. Ambos evoluem em simultâneo, através de orga- nização e planeamento, eficazes e atempados, relegando para fora do estaleiro, qualquer iniciativa, que se baseie na capa- cidade de desenrascanço e do já agora. Um contributo para minimizar e evitar os acidentes. Apesar da complexidade da obra e dos riscos existentes, a empreitada não registou qualquer acidente, um sucesso, que não resultou da capacidade de desenrascanço ou de impro- viso, mas certamente, da capacidade de organização, de pla- neamento e de recursos humanos e equipamentos adequados e compatíveis com os trabalhos a desenvolver e claro de um sistema de informação e formação eficazes e coerentes.
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