Magazine Risco Zero Nº13

Eng. José Manuel Mendes Delgado ARTIGO TÉCNICO REABILITAÇÃO DO CANEIRO DE ALCÂNTARA EM LISBOA O Caneiro de Alcântara foi construído nos anos 40 e tinha e tem como função, recolher e encaminhar as águas pluviais e residuais, provenientes da zona da Amadora e de Sete Rios, até à ETAR de Alcântara, situada a jusante do Aqueduto das Águas Livres. Figura nº 1 – Cerca de 1940 - Fase de construção do Caneiro, na zona a montante do Viaduto Duarte Pacheco. Pormenor da secção do Caneiro, em betão simples, com vista da soleira, dos hasteais e do arco da abóbada. O carril servia para deslocar o cimbre, ao longo da soleira, de forma a possibilitar a betonagem dos hasteais e do arco da abóbada. As características dos caudais das águas residuais, aliada à força dos caudais das águas pluviais, em períodos de intensas chuvadas, provocaram a degradação do caneiro, ao nível das soleiras com desgaste e arrastamentos das lajes em betão e ao nível dos hasteais e abóbada, com fendilhação e fissuração das paredes em betão. As anomalias detectadas resultaram na instabilidade do ca- neiro em algumas zonas e em simultâneo, na criação de va- zios de grandes dimensões, nas zonas confinantes com as paredes exteriores do caneiro, que podem causar situações de colapso e de afundamento, em relação à circulação de veí- culos à superfície. Resultado das condições de degradação do caneiro, a Câma- ra Municipal de Lisboa, avançou com uma empreitada para “Reabilitação e Consolidação do Caneiro de Alcântara”, tendo em vista a correcção das anomalias existentes no caneiro e das zonas confinantes.

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