Magazine Risco Zero N.º11

Dra. Marta Regina Soares de Assunção × Mestre em Gerontologia Social e Licenciada em Enfermagem × Professora no Instituto Superior Politécnico de Saúde Multiperfil × Doutoranda em EnfermagemAvançada no Instituto de Ciências da Saúde (Universidade Católica Portuguesa, Porto). × marta.assuncao@multiperfil.co.ao Dra. Susana Isabel Mendes Pinto × Mestre e Licenciada em Enfermagem × Professora no Instituto Superior Politécnico de Saúde Multiperfil × Doutoranda em EnfermagemAvançada no Instituto de Ciências da Saúde (Universidade Católica Portuguesa, Porto). × susana.pinto@multiperfil.co.ao magazine risco zero ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE A adopço de medidas de prevenço tem por objectivo principal reduzir ou evitar problemas de saude que ocorram, assim a actuaço do enfermeiro na prevenço primaria está direccionada para o estabelecimento de comportamentos que visam evitar a ocorrência de qualquer agressao; a prevenço secundaria e terciária estão direccionadas para a detecção precoce de agravamento no estado de saude e, implementação de medidas que optimizem o processo de assistência e recuperaço(11). A primeira consideração a fazer é que a prevenção é um problema de todos e não apenas da entidade empregadora, ou de algum de algum sector específico, pelo que a actuação do enfermeiro é uma actividade conjunta. Assim, a prevenção envolve um conjunto de procedimentos que reduzem o risco de lesões, considerando o modelo de gestão do risco devem ser tidas em conta as seguintes componentes(6): 1. Análise do trabalho: avaliação de especificidades do traba- lho em particular; adequação do equipamento de protecção individual e utilização correcta do mesmo e adaptação ergo- nómica. Importa mencionar que o equipamento de protecção individual, por si só, nao funciona, sendo necessário que o tra- balhador saiba como e porquê usá-lo(12). 2 . Avaliação do risco: nesta é feita a utilização de métodos de avaliação do risco e classificação dos postos de trabalho em função dos níveis de risco, no entanto, estas não consideram a totalidade dos factores de risco presentes na situação de trabalho(6). Apontar que um dos aspectos negativos para a ocorrência de lesões é a falta do enfermeiro do trabalho nes- sas instituições, o que dificulta o processo de prevenção e rea- bilitação do trabalhador da construção civil(13). 3. Vigilância da saúde do trabalhador: especificamente esta- belece-se a relação entre a condição de saúde da pessoa e os factores de risco e o surgimento de sintomas (art. 17º do Decreto-Lei nº31/94, de 5 de Agosto)(1). Pode ser realizada através de exames periódicos, sendo fundamental atender aos aspectos ocupacionais durante a realizaço da historia clinica, incluindo, uma anamnese ocupacional, nao apenas quando ha suspeita de qualquer agravamento na saude resul- tante do trabalho, mas como rotina da consulta(14). Foca-se no estabelecimento da relação com a exposição a factores de risco profissionais no sentido de programar a prevenção dos efeitos adversos do trabalho na pessoa(6). 4. Informação e formação dos trabalhadores sobre a preven- ção. Transmitir informação a este grupo alvo, com caracterís- ticas já apontadas, como a baixa literacia, implica conhecer a cultura e adequar tanto o conteúdo como o vocabulário ao entendimento dos trabalhadores(1,15,16). O recurso a material educativo e ilustrativo adaptado (livros, panfletos, vídeos), a realização de palestras explicativas, a promoção da discussão, a realização de demonstrações práticas são úteis na transmis- são de diversas informações(11). CONCLUSÃO A responsabilidade do enfermeiro do trabalho assenta fundamentalmente na prevenção das doenças profissionais e acidentes de trabalho e na promoção de comportamentos seguros e saudáveis. Para levar a cabo esta responsabilidade, realiza vigilância de saúde dos trabalhadores e acções formativas, focadas nos factores de risco e nas estratégias de prevenção de acidentes. Importa não esquecer que nos postos integrados o enfermeiro realiza o tratamento imediato (nomeadamente os primeiros socorros e encaminhamento para unidade hospitalar diferenciada) e de continuidade. Uma mais-valia na saúde dos trabalhadores e na promoção da sua qualidade de vida e, consequentemente, uma melhoria para a entidade patronal (concretamente na diminuiação do absentismo e aumento da produtividade). Logo, a prevenção é uma responsabilidade compartilhada entre a entidade empregadora, o trabalhador, a equipa de Higiene e Segurança do trabalho e a equipa de saúde ocupacional. Referências bibliográficas em: http://www.riscozero.info/referencias/MRZ11_refs.pdf

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