Magazine Risco Zero N.º11

/29 b. Aplicação de força – levantamento de cargas de forma incorrecta, por exemplo; c. Repetitividade; d. Exposição a elementos mecânicos e químicos, por exemplo, ferramentas, impacto, exposição a vibrações, queimaduras, dematoses e corrusão da pele por cimentos e outros elementos agressivos. 2. Individuais: a. Idade: relacionado sobretudo com as alterações do envelhecimento; b. Altura, peso e outras características antropométricas; c. Situação de saúde – exemplo de doenças reumáticas, osteo- articulares, entre outras. 3. Organizacionais/psicossociais: a. Ritmos intensos de trabalho; b. Monotonia das tarefas; c. Insuficiente suporte social; d. Modelo organizacional de produção (linhas de produção, picos de trabalho e inadequada distribuição de pausas). Face aos factores de risco identificados, os problemas mais comuns relacionam-se com lesões musculo-esqueléticas. As LMERT (lesões musculo-esqueléticas relacionadas com trabalho) definem-se como um conjunto de doenças inflamatórias e degenerativas do sistema locomotor que resultam essencialmente da acção de factores de risco profissionais, como a sobrecarga, a repetitividade e/ou a postura adoptadadurante o trabalho, concretamentenestes trabalhadores, afectam a coluna vertebral e os membros superiores(6). Os principais sintomas das LMERT são(6): • Dor – normalmente é localizada e pode irradiar para outras áreas corporais; • Parestesias (sensação de “dormência” ou “formigamento”) na área afectada; • Sensação de peso; • Desconforto localizado; • Sensação de perda de força ou perda de força na área afectada. Estes tendem a surgir gradualmente e a aumentar, agravando- se caso não exista tratamento. Podem exacerbar nas fases em que existem picos de trabalho ou maior esforço e aliviam ou diminuem durante as pausas ou férias. Especificando, a dor, que inicialmente é aguda e esporádica, pode tornar-se crónica, permanente e incapacitante. Esta situação pode comprometer a actividade laboral e diminuir a qualidade de vida da pessoa.